Fraturas da face
O protagonismo do cirurgião bucomaxilofacial
A injúria bucomaxilofacial, também denominada de trauma facial, contempla qualquer agressão com danos à face em geral. Os cirurgiões bucomaxilofaciais são os experts no tratamento do trauma da maxila e da mandíbula, órbitas (ossos ao redor dos olhos) e do nariz, além do tratamento cosmético das dilacerações da face. O conhecimento que eles possuem de como os maxilares se juntam pela oclusão dentária (mordida) é crítico para o reparo das fraturas faciais complexas. Tanto é verdade, que as instruções do Colégio Norte-Americano dos Cirurgiões é que, para o tratamento ótimo dos pacientes com sérias e complexas fraturas da face, os cirurgiões bucomaxilofaciais devem fazer parte obrigatoriamente da equipe de emergência para executarem reconstruções complexas do complexo craniomaxilofacial. Além disso, muitas das técnicas que hoje são padrão na grande maioria dos hospitais de emergência pelo mundo afora foram desenvolvidas por cirurgiões bucomaxilofaciais em hospitais de combate durante a II Guerra Mundial, Guerra da Coréia e Guerra do Vietnã. Quando os pacientes apresentam outras lesões associadas, ele é considerado politraumatizado e deve ser atendido por uma equipe de saúde composta por diferentes especialistas (cirurgião geral, neurocirurgião, ortopedista, por exemplo).
Essas injúrias faciais podem afetar a visão, a capacidade de respirar, a fala, a mastigação, a deglutição e a auto-estima dos pacientes. O tratamento dessas fraturas exige internamento hospitalar.
Os princípios para o tratamento das fraturas faciais são os mesmos estabelecidos para a fratura de um braço ou perna fraturada. As partes ósseas necessitam ser alinhadas (reduzidas) e seguras em posição o tempo suficiente para permitir que o tempo cure a ferida óssea.
Normalmente, são utilizados placas e parafusos de titânio para a fixação destas fraturas. Hoje em dia, com a tecnologia disponível, torna-se dispensável o bloqueio maxilo-mandibular (amarrar a boca do paciente), tornando o pós-operatório mais seguro e confortável.

Imagem: utilização de placas de titânio em uma fratura de mandíbula.

Imagem: utilização de placas de titânio em uma fratura de órbita.